Às areias clandestinas da tua cama
os braços de silêncio
nas doces rosas que transpiram tua dor
os cansaços diversos
amargos
doidos quando os sentidos fictícios
correm nas esplanadas da fome
cansaços teus lábios ou desejo
dos gemidos tua boca,
Às areias clandestinas
onde dormem os beijos abraços
da tua cama amargos traços
que o tempo inventa em loiras meninas,
Às areias clandestinas da tua cama
o submerso pedaço de xisto enferrujado
nas oliveiras apaixonadas
os barcos os barcos em sítios
proibidos pelas palavras cansadas
do prazer corpo teu delírio em chama,
Ardente
a tua singela cama
à areia clandestina que sente
os verdes olhos do mar que ama,
Às areias clandestinas da tua cama
os versos meus apenas com carícias na
tela teu corpo de chocolate
as coisas belas
as rosas amarelas
que do jardim do amor crescem como
palavras na boca minha gente
tão feliz eu contente
com o significado inexplicável do
prazer de quem não sente
o prazer de sentir as coisas belas da
minha amante.
(poema não revisto)
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