domingo, 23 de setembro de 2012

O poeta doido


Não tenhas medo dos braços que abraçam o mar
não
não tenhas medo dos lábios que beijam a saudade
não
não tenhas medo do amor
do amor que vive no teu coração

não tenhas medo da cidade
com as ruas atulhadas de abelhas saltitando de flor em flor
correndo sem correr
amando amar das mãos em desejo
quando cresce o amor
à tua boca em beijo

(azul a tela do teu corpo cansado de sofrer
nos meus olhos nascem versos doridos
doidos
varridos
sem eu saber)

não...
não tenhas medo do meu amor
não
não tenhas medo do poeta que pinta as paredes do teu corpo
sofrendo
sem ti

sofrendo em ti
e por ti
não
não tenhas medo do poeta louco

que às vezes no silêncio escreves o meu nome
no rio da tua cidade
com flores apaixonadamente
pelos barcos da solidão
dentro dos cacilheiros se escondem as gaivotas
e os loucos poetas da minha mão

não
não tenhas medo de mim.

(poema não revisto)

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