sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Carta de amor sem remetente


Não consigo escrever amo-te nos teus olhos
tenho medo de sussurrar-te ao ouvido a palavra desejo-te
e timidamente
timidamente escrevo nos meus lábios
a palavra quero-te,

hesito
e construo no silêncio do mar
a carta de amor sem remetente,

hesito
quando a lareira da noite cresce loucamente
e das tuas mãos oiço o vaguear das sílabas de amar,

e nas tuas mãos...
eu não consigo escrever a simplicidade das palavras
e sou covardemente agredido pelas flores
e não sou capaz
hesito
de escrever nos teus olhos... Amo-te.

(poema não revisto)

Sem comentários:

Enviar um comentário