Desenhei o teu nome
na areia finíssima do Mussulo
e sentava-me a olhar o teu sorriso
sobre a crista das ondas
desenhei barcos
inventei árvores e pintei pássaros no lugar das estrelas
construí amores e desejos cansados
sem sentido
e escrevi e escrevi e escrevi...
e escrevi as palavras sem jeito
que nunca gostaste e detestas
e desenhei o teu nome
e o vento levou
levou toda a areia da praia
e fiquei ausente
e sem os barcos de papel
e na crista das ondas
hoje
hoje brincam árvores de fumo
com folhas de silêncio.
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