sábado, 21 de abril de 2012

Eternamente só

Eternamente só
pensava eu quando da janela sem sorriso
me olhava a lua longínqua emersa nos silêncios da noite
todas as estrelas desapareceram do céu
e todos os lábios adormecem nas profundezas do oceano
à procura de barcos sem destino

(pensava eu eu)

eternamente só
dentro deste cubo de vidro
poisado nas garras da solidão
à espera que morra a manhã
que morra a tarde
e se faça noite
dentro de mim
ou não...

(pensava eu)

pensava eu que da janela sem sorriso
um finíssimo fio de alegria
se entrelaçava nos meus braços
e eu começava a voar

sem destino
à procura de barcos
e se faça noite
dentro de mim
ou não...
pensava eu.

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