Tudo é preciso ser feito para acalmar os mercados e as Agências de Rating.
Em nome dos mercados substituem-se chefes dos governos eleitos democraticamente pelo povo (Grécia e Itália) e qualquer dia, porque os mercados assim o querem, em Portugal vamos assistir à substituição do nosso primeiro-ministro por outro, porque os mercados assim o desejam, ou convém, sem eleições.
Muito em breve, alguns anos, não passaremos de peões nas mãos dos mercados, até quem sabe, escravos. Eles escolhem os governos e nós trabalhamos, mas sempre em silêncio, porque os meninos mercados podem ficar nervosos… ou pior, loucos.
“A Charlotte Brontë a cambalear à beira do KO químico voltou para a janela uma unha onde o verniz estalava:
- Alguma vez viu o sol lá fora, seu cabrão?
O psiquiatra gatafunhou CARALHO + CABRÃO = GRANDE FODA, rasgou a página e entregou-a à enfermeira:
- Percebe? Perguntou ele.” (In Memória de Elefante – António Lobo Antunes, pág. 19)
E apetece-me dizer e escrever; os mercados que se fodam.
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