O muro da paixão submerso nos
alicerces das pequeníssimas gotinhas de luz
deitadas sobre a mesa-de-cabeceira
é sexta-feira e todas as coisas morrem
quando acorda o dia
mergulhado na solidão aprisionada no
sótão da casa,
Ouvem-se gritos uivos dos gemidos
cansaços
dos sexos dilacerados nas nuvens de
algodão
que a feiticeira rosa de sorriso
encarnado
desenhou na areia fictícia que os
cortinados escondem na algibeira dos sonhos,
O muro constrói-se de palavras e
folhas de papel timbrado
com as insígnias íris do louco
apaixonado pelas árvores sem soutien
descem da alvorada sifilítica as
manhãs sem poesia
dos livros escondidos e proibidos pelos
desejos dos relógios de pulso...
(poema não revisto)