quarta-feira, 3 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
O amor desencontrado
Será o amor
um texto
um poema sem sentido
só
desorganizado
perdido
achado
o amor desencontrado
será o amor uma canção sem palavras
um destino infinito mergulhado na
solidão das noites sem livros
quando o sono teimosamente voa sobre as
árvores desempregadas
procurando nas calçadas da cidade as
gotas de suor que o outono deixa cair nas ardósias da madrugada
será o amor
um texto
um poema sem sentido
achado
desencontrado
desesperadas
o amor das pessoas tristes que vagueiam
nas roseiras do jardim da tristeza
vem do cansaço
o perfume do papel
um texto
um poema sem sentido
será o amor
um mendigo
ou será o amor
um desejo sem abrigo
sentido
achado
cansado
perdido
perdidamente apaixonado.
(poema não revisto)
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Maré de Outubro
Oiço-te as palavras amargas
saltitando dentro de um cubo gelatinoso
ao vidro vêm as sílabas dos suspiros
da manhã
às páginas em pétalas adormecidas
é no cansaço da vida que acorda a
maré de Outubro
e os pilares de aço que sustentam as
arcadas imaginárias dos barcos
dormem
tombam nos jardins cobertos de nuvens
peço às gaivotas que me deixem
caminhar sobre o manto vertical de espuma
em cristais de iodo e sorrisos de
silício
papeis dispersos nas ruas desenhadas
nos lábios da cidade
em compasso
dormem
tombam nos jardins cobertos de nuvens
as tuas mãos de Primavera.
(poema não revisto)
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