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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Cazaquistão

 Do Cazaquistão, nada de novo.

O tonto continua tonto

Tolo

E burro.

Do Cazaquistão, nada de novo.

Nem flores

Nem amores

Quanto mais Doutores.

Por aqui

Dentro de momentos

O recomeço do nosso espectáculo

A ceia

E dormir.

Coisa alguma.

Do Cazaquistão, nada de novo.

A não ser o tolo que eternamente será tolo.

Tudo igual como a lesma

Na mesma

Ao outro dia

Três drageias e meia

Ao deitar

Sobre o sono

Uma almofada.

 

Do Cazaquistão, nada de novo.

O nosso capitão morreu

O nosso barco

Ardeu numa noite de neblina

Nada de novo,

Nada de novo enquanto a noite não termina

Acorda no Cazaquistão,

E nada,

De novo.

Do Cazaquistão, nada de novo.

Nem árvores

Nem vento vestido de árvores

Sem o saber

Bebeu

Nada de novo,

Por aqui,

Coisas nenhuma,

Do Cazaquistão, nada de novo

E estamos todos bem,

Estamos felizes,

Por aqui…

Dentro do Cazaquistão, nada de novo.

Três drageias ao deitar,

Meio copo de leite com saudade…

E novamente dia

E novamente acorda o Cazaquistão.

 

 

 

18/09/2023

Francisco