quinta-feira, julho 10, 2025

na cama dos teus braços

 

me deito, na cama dos teus braços

não me canso dos teus braços, depois cheguei, vestido de chuva, em negro piano vaiado depois

a tempestade, em sono

o abismo dissipa a mágoa

doce flor desta janela

 

na cama dos teus braços, me deito

as paredes são cinzentas, as paredes

são também em gesso canelado, desce a noite

a noite

no outro silêncio

me deito, e me deito

na cama dos teus braços.

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