Se o Herberto o quisesse,
ele enlouquecia
Eu não preciso de o querer,
porque já nasci louco
Porque já nasci poeta e
fiz-me um tolo
Porque semeei as sementes
da alvorada, num punhado de terra
Que transportava,
clandestinamente, na algibeira
Se eu pudesse, em vez de enlouquecer
Eu preferia sentir o fio
de mel que brota nos teus olhos
Eu preferia ser, o rio,
que banha os teus seios
Se eu quisesse, não
queria ser louco como o Herberto…
Apenas queria ser, o teu
poema.
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