cada fotografia do teu
olhar, é um pedaço de gelo, nas mãos do senhor
a cada tolice do poeta,
uma lágrima de vento, sento
e sinto
que entre o arvoredo das
tuas coxas, um triângulo rectângulo
procura pitágoras, o
homem dos catetos
e de seus netos,
quanto a filhos, nenhum
lhe é conhecido
uma viga auto-suspensa,
desalojada, tão ruim e triste
enferrujada, a bicicleta
pedalava no silêncio de um luar
a viga tem seios, a viga,
às vezes, dorme nos braços de um pilar
nas mãos do soldador, nos
olhos do engenheiro, do serralheiro, do poeta, também, o tolo ausente sempre
sem ninguém, o sangue que lhe escorria pela boca
uma mulher, que tinha
sido contratada para o laboratório
apenas,
apenas para regar as
plantas
são dois quilogramas de
serrim, dois gramas de mel, um cabo de aço para suster e prender
aos teus braços,
nos meus braços,
a cultura
e
o saber,
e a puta que os pariu,
sempre que vinha a noite e lhes roubavam os sonhos…
e das tuas mãos, acorda a
flor-noite.
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