quinta-feira, abril 03, 2025

Foi o vento, e é Lágrima de luz no meu acordar...

É lágrima de luz o silêncio, é o poema, depois de te desejar 

É rio, é mar 

E é sonhar, 

É uma pedra na mão de um olhar, é um círculo quase mel, nos teus beijos de beijar. 

É a ausência noite na mão de uma espingarda, é bala que lançada 

Procura a serpente amordaçada, quase triste, quase palavra 

Quando acorda a madrugada, 

É a charrua, e é terra lavrada. 

É lágrima de luz o silêncio, é o poema, depois de te desejar 

É poesia num relógio de parede, é luar, 

E é o medo, 

De te amar, 

E é a ponte e é também pássaro, e é o dia que não vai nascer, é sofrer, na escrita de uma aurora boreal, foi infeliz, hoje quase feliz, foi notícia de jornal, é o teu corpo quase transparente na espuma minha mão no teu acariciar, 

Foi o vento, e é 

Lágrima de luz no meu acordar...


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