No centro do teu corpo uma jangada de
luz em direcção ao limo adormecido,
da viagem recomeça a tarde
procurando sítios onde se esconder,
na tarde, sempre que o sol acorda no teu
cabelo, uma pedra em silêncio
que escreve na terra lavrada
as primeiras lágrimas do outono.
A semente
semeada quase fruto proibido, o centro
do teu corpo
que inventa a paixão, é agora uma lâmina
de quase nada,
junto ao rio.
E no centro do teu corpo, aquela jangada
de luz,
quando da semente semeada,
outra jangada de luz
abraça a madrugada.
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