Invisível entre o vento e a espuma da manhã, ela corre
ao sabor do silêncio, inventa no cabelo ondulados fios de paixão, saltita entre duas pedras que se beijam
no cansaço de um abraço,
duas paredes que se aleijam nos destroços do mar.
Ela voa, sob as nuvens de domingo, gateando as maresias do dia,
pensando na vida, pensando se a vida
tem ou não tem poesia. De que lhe servia a vida ter poesia
se a poesia é apenas um sentimento,
um estado longínquo da alma, às vezes só
às vezes só,
só entre o vento!
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