O big-bang se do poema a estrada sobre o
mar, há luz escurecendo as tuas mãos até serem noite, negras
e se o universo for infinito?
Frio tão escuro e frio,
longe e tão longe aquele rio
de espuma onde te escondes quando começa
o amanhecer,
e apenas regressas ao cair da noite,
com uma flor nos braços. Mais do que provável,
muito cansada.
Noite em big-bang sentir o orvalho de
uma espada sobre o peito, também escura e fria,
também o universo,
tão longe, tão perto
o sangue que jorra de mim, do outro rio
numa outra morada,
a casa vazia.
A casa assombrada. As janelas despidas e
nuas e tristes e que aos poucos são e só pequenas madrugadas sem dormir,
e do big-bang se do poema a estrada
sobre o mar acordar a luz,
é porque há no teu cabelo uma galáxia
que me odeia… e não me quer amar!
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