terça-feira, 26 de novembro de 2024

Do poema a estrada sobre o mar

 

O big-bang se do poema a estrada sobre o mar, há luz escurecendo as tuas mãos até serem noite, negras

e se o universo for infinito?

Frio tão escuro e frio,

longe e tão longe aquele rio

de espuma onde te escondes quando começa o amanhecer,

e apenas regressas ao cair da noite,

com uma flor nos braços. Mais do que provável, muito cansada.

 

Noite em big-bang sentir o orvalho de uma espada sobre o peito, também escura e fria,

também o universo,

tão longe, tão perto

o sangue que jorra de mim, do outro rio

numa outra morada,

a casa vazia.

 

A casa assombrada. As janelas despidas e nuas e tristes e que aos poucos são e só pequenas madrugadas sem dormir,

e do big-bang se do poema a estrada sobre o mar acordar a luz,

é porque há no teu cabelo uma galáxia que me odeia… e não me quer amar!

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