Hoje não tive coragem
de abrir a janela
saí de casa com o
esqueleto
preso com os arames da
solidão
pedi um café
e saboreei o sossego da
água mineral
e fiquei
eternamente a fumar
cigarros invisíveis
e a escrever versos
imaginários
nas cordas da manhã em
silêncio
hoje
não
hoje não tive coragem
de abrir a janela
e fiquei
e fiquei eternamente a
contar os pássaros sem coração
e o amor sem árvores
hoje
não
hoje não tive coragem de
abrir a janela.
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