Letras apenas
pequenas
tretas
que às vezes não percebem
que as pretas
uvas
são eternas
formosas como cobertores
de Outono,
Rosas
vestidos cansados sobre
ombros de prata
nossas vozes recheadas
pelos vendavais de lata
em casas rochas a areia
assassina dos quintais de Inverno,
Ai menina
o que seria de mim dentro
do poço no inferno
sabendo eu que a minha
triste sina
é... dormir inventando
letras de papel
aquelas... as pequenas
tretas dos silêncios
papagaios coloridos,
Ventos os sofridos
vendo tudo
a minha alma que não
tenho que nunca tive que não pretendo ter
vendo semáforos de Verão
com guarda-sóis semeados nas lajes graníticas
aquelas
onde brincam os teus
lábios e gravitam as tuas mãos de cegonha...
Meu deus...
que vergonha
a minha triste palavra
escondida na algibeira da montanha adormecida
Deus ignora-me? Claro que
não meus versos transtornados
Deus passeia-se dentro de
mim
sem que eu perceba o que
são incógnitas equações em três apenas letras...
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