quinta-feira, 26 de setembro de 2024

no silêncio das palavras

 

entre palavras

que a madrugada afaga

entre sonhos

que a noite semeia

nas planícies do teu corpo

 

entre pássaros

e rios

entre palavras

que alimentam o poema

nos versos da noite

 

palavras

palavras à janela

nos olhos de uma andorinha

desvairada

ninguém

ninguém à porta de entrada

para receber o silêncio das palavras

hoje

 

não sinto o cheiro do orvalho

nem oiço o mar

junto às rochas das palavras

 

hoje

ninguém

hoje ninguém à porta de entrada

no silêncio das palavras

Sem comentários:

Enviar um comentário