quarta-feira, 11 de setembro de 2024

 

na luz dos teus olhos

flui um barco à vela, deita-se a saudade sobre o apeadeiro do sono, depois

uma algazarra de homens verdes, adivinha

onde se escondem as labaredas do seio maternal, quando a uma esquina de luz,

penteia-se

aquele que transporta na algibeira,

o silêncio.

 

podia ser já dia

no teu cabelo,

que eu não me importava…

 

podia ser já noite

depois desta noite,

que eu até

gostava,

e adorava.

 

na luz dos teus olhos

flui um barco à vela, deita-se a saudade sobre o apeadeiro do sono, depois

 

depois acredito que uma nuvem pincelada de desejo, desça à minha mão, começa o dia

daqui a pouco,

e do pouco que tem o dia,

 

é apenas um barco à vela, quando a luz dos teus olhos

é a madrugada sem saber que brevemente,

é dia.

Que brevemente

É nada.

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