pensava que eras uma tela
esquecida na parede da minha insónia
dormia acreditando nas
cores abstractas que fingem alimentar os teus olhos de granizo
pensava e acreditava
nas personagens sem nome
que vagueavam antes de adormecer
pelo quarto sonolento das
noites em solidão
como os vidros da minha
janela
em cacos
pedaços
como um pobre coração
dentro do peito da
saudade
correndo e batendo
os sargaços das tristes
palavras de escrever
Sem comentários:
Enviar um comentário