segunda-feira, 16 de setembro de 2024

as correntes do amor

 

as correntes do amor

imaginadas numa parede de vidro

as correntes em sofrimento

que abraçam o corpo cansado da vida

em despedida

 

as correntes do amor

embriagadas no abraço da madrugada

sem nada

ao luar

 

as correntes do amor

no coração de um rio

imaginadas numa parede de vidro

antes de cessarem todas as palavras

em todos os desejos

 

em todos os momentos

as correntes do teu amor

que me prendem ao espelho invisível da solidão

entre árvores de papel

e murmúrios de fome

ao pequeno-almoço

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