abríamos a janela, e entrava em nós o tejo. e cada cacilheiro de espuma, era uma manhã em frente ao mar. gostava de ti, muito, como gostava do teu jeitinho de conversares comigo; lembro-me: comecei a falar contigo por causa de um livro. tu, estavas a lê-lo, eu, tinha terminado de o ler.
e o destino lançou-nos em
conversas submersas num jardim de memórias, de onde se via a senhora da cunha.
abríamos a janela e o
cheiro intenso do rio, e pertinho de nós, o centro cultural de belém, e do nada
ofereces-me um livro
sobre o mar,
em inglês. o meu mar.
e hoje apenas precisava
da tua paciência para me ouvires.
apenas, ouvires-me, logo
que seja noite.
éramos tão felizes!
junto ao tejo.
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