quarta-feira, 7 de agosto de 2024

 

éramos agosto das noites sem dormir, éramos o poema, a cada estrela olhada,

éramos o beijo, e éramos a madrugada.

éramos o desejo, na noite envenenada.

éramos a fome,

de um livro,

sem nome.

éramos o cigarro, que olhava o rio.

éramos a palavra

e às vezes,

éramos o frio.

éramos agosto das noites sem dormir, éramos a alegria e o abraço,

e muitas vezes,

éramos o acordar do dia.

éramos agosto das noites sem dormir,

e hoje somos um outro agosto,

das noites sem dormir.

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