Eras noite. Ausentei-me do teu leito,
apenas para te ver dormir, e desenhar na insónia o silêncio do teu respirar.
O teu corpo torcido na planície de uma cama,
o teu corpo poisado na espuma de um desejo, Desejar-te tanto!
Eras noite, e sobre ti brincavam milhões
de estrelas, galáxias, eras noite e não percebias que eu te olhava, que te
desenhava em cada segundo do meu relógio. Fiquei a olhar-te
Como se fosses uma criança, acabada de nascer.
Eras noite e és um livro, sobre a mesa
de uma esplanada. Eras noite, esta noite, fiquei a olhar-te, só, e sabia que lá
fora, as minhas mãos procuravam a Primavera do teu olhar.
Eras noite, e és o mar. Eras noite sem
saberes o nome da minha mão, quando a minha ausência,
Foi apenas para te olhar…
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