Aos poucos, despeço-me desta pedra
dentada.
Aos poucos enforco-me com a sombra nocturna
da solidão.
Sou um corpo moribundo, eu sei que sim,
sou um pedaço de estrada,
Sem saída, em contramão.
Aos poucos, não sei nada.
Que aos poucos habitam no meu peito silenciar
A madrugada
E as ondas do mar.
Que aos poucos me matam, que aos poucos
me sufocam, que aos poucos
Me levam para outra galáxia. Aos poucos
me perco neste labirinto,
Aos poucos, cada vez mais longe do teu
olhar. Para sempre.
E se eu escrever o contrário; minto.
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