quinta-feira, 18 de julho de 2024

 

Aos poucos, despeço-me desta pedra dentada.

Aos poucos enforco-me com a sombra nocturna da solidão.

Sou um corpo moribundo, eu sei que sim, sou um pedaço de estrada,

Sem saída, em contramão.

 

Aos poucos, não sei nada.

Que aos poucos habitam no meu peito silenciar

A madrugada

E as ondas do mar.

 

Que aos poucos me matam, que aos poucos me sufocam, que aos poucos

Me levam para outra galáxia. Aos poucos me perco neste labirinto,

Aos poucos, cada vez mais longe do teu olhar. Para sempre.

E se eu escrever o contrário; minto.

Sem comentários:

Enviar um comentário