quarta-feira, 19 de junho de 2024

Andorinha, meu amor

 

Andorinha no seu olhar, quando a cânfora manhã se despede da casa, fria, nua,

Ausente.

Andorinha no seu olhar, que vagueia docemente sobre a fina areia da saudade.

Andorinha, meu amor, são lindos os crisântemos dos teus olhos,

Quando a chuva é uma lágrima de desejo.

 

Desejo-te, sabendo que o teu desejo por mim, se resume apenas a um pobre tolo, que sou eu, caminhando, só, pela praia da sua infância.

Andorinha no seu olhar,

 

Beijo doirado na espuma dos dias, quando as manhãs são um inferno de tédio, e de medo, e de ter-te, nos meus dedos.

 

Andorinha no seu olhar, meu amor…!

 

Castedo, 19/06/2024

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