São quase horas, estão em visita, as horas
São quase estrelas, são
quase mentiras
São todos os relógios,
são todas as horas
Vítimas do meu sofrer, na
mendicidade deste corpo
Descendo cada vez mais
fundo
Ao mais fundo que tem o
poema
São quase horas, são
quase mortes, são quase corpos
São quase manhãs que
esperam outras tantas quase
Madrugadas
Mesmo eu sendo um quase
engenheiro
São quase horas, são
quase palavras, são quase feridas
Manhãs sofridas,
acendalha que transporta o vento para a janela
E ao final do dia
O silêncio fiscal de uma polvorosa
lua
Sou quase gente, sou
quase paixão, sou quase amado
Sou quase círculo de luz
com olhos verdes
Sou quase eu, quando só a
noite percebe porque choravam as acácias da minha infância
São quase horas, as horas
(Francisco – 15/04/2024)
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