O que faço eu aqui, dentro deste círculo em contramão
Que sobe as escadas para a nuvem mais
cinzenta
O que faço eu aqui, aqui suspenso entre
um rio e um coração
Sabendo que este rio não me alimenta
E o coração não me pertence
E é apenas o sono disfarçado
O que faço eu aqui, dentro deste círculo
em contramão
Tirando o arame farpado
Da minha mão
O que faço eu aqui, dentro deste círculo
de luz com olhos verdes amanhecer
O que eu faço, aqui
Acreditando que senti
O teu corpo a tocar-me na arte do meu
escrever
E o coração não me pertence
(Francisco – 18/04/2024)
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