É quase ressurreição no meu poema.
À terceira noite acordou
da esperança de viver
Quando sabia que a manhã
nunca acordaria
Uma vez que o silêncio do
espinho
Se machuca na despedida.
Nunca acordaria do sono
Nem da ausência de caminhar
sobre as pedras
Nunca se deixou acomodar
pela primeira lágrima da manhã
E, no entanto,
desesperou-se de tanto esperar.
O medo desintegra-se na
distância da madrugada, porque se mantêm entre o orvalho e a geada
Sabendo que do dia aspersava
a lágrima deste momento sem sentido
Porque te amo loucamente
E não te devia amar
Muito menos
Loucamente.
Muito menos ser poeta.
(Francisco)
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