terça-feira, março 12, 2024

Perdoa-me

 

Perdoa-me esta forma desajeitada de viver

perdoa-me este espelho que transporto

onde se passeiam as flores já mortas

da nova Primavera.

 

Perdoa-me esta forma vagabunda de ser

de nada ser

pelo menos em ser…

Que me perdoes,

este jeito desastrado de ter

tudo

não tendo nada;

perdoa-me, minha querida

a vergonha de o ser!

 

(Francisco)

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