À prata a moeda dos teus olhos
lacerada no seu centro de massa
incompreendida das mãos
razoável nos lábios
quando o sexo se finca na sombra
e sonha penetrar a vagina poética do
sono.
O orgasmo da insónia
é um delírio da tua cabeça
à ponte que escondes no cabelo
ou ao rio que trazes ao peito
em fio oiro
quando se ergue a manhã
e dos dias apenas os papeis sobrantes do
jantar.
Um copo com vozes
esquecido na planície da mesa
sobre a mesa-de-cabeceira o clítoris te
espera
Para mais uma viagem à sombra.
O teu corpo é um fantoche
é um lençol de imagens que corre sobre o
mar…
O dia é hoje
porque amanhã acordarão as concertinas
do desejo.
(ORGASMO LITERÁRIO)
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