Nunca pertencerei aos teus braços
Nunca pertencerei aos
teus lábios
Nunca serei um rio na tua
mão
Nem o mar dos teus olhos.
Nunca tocarei no teu
cabelo
Se o teu cabelo é uma
flor desgovernada no vento
Nunca serei gente
Nunca me amarás antes que
desapareça a noite.
Nunca serei dia
No dia de pertencer ao
teu silêncio
Se no teu sorriso se
ergue uma árvore
Com muitos pássaros em
papel.
Nunca pertencerei à tua
noite
Quando ela se veste de
insónia
Nunca terei os teus olhos
Dentro da minha
despedida.
Nunca
Nunca serei o teu livro
Nunca serei uma palavra
tua
Nunca serei eu quando eu
apenas sou um pedaço de geada…
(Francisco)
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