Despede-se a árvore do vento
e leva com ela
a tristeza
que durante a noite aparece à janela.
Despede-se a chuva do corpo que está
ausente
quando o vento reencontra a saudade
quando os dias são tão tristes,
e a espuma da floresta
mergulha nas páginas de um livro doente…
Despeço-me de ti
aos poucos como se eu fosse embarcar
naquele navio,
daquele lugar,
onde o único sentinela da noite,
sou eu,
acabrunhado e despedido pela manhã…
e quem sabe, também eu esteja doente
como as páginas de um livro.
(orgasmo
literário)
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