Tetraédrico sono
Asa viagem entre pontos finais
O cansaço surpreende a insónia
Porque se despede dela
Quando ainda a manhã é um sopro de vento
Vida Kafkiana
Este meu processo sem razão
Este triste poema
Tetraédrico da metamorfose
Algemando minha mão
Sono Kafkiano
Vaiado
Humilhado pela paixão
Iluminado pela luz
Nuvem flagrante
Que derrete este túnel
Se amanhã me levantar deste sono e desta
angustia
E desta canção
Escrever não sendo compreendido
Dentro deste cubo de silêncio
Que transporta a meninice da alvorada
Asa vigem
Boca calada
Efectivamente não será meu
O destino
Tão pouco serei mais menino
Destemido
Divertido
Como era…
Tão pouco voltarei a ser vento
A ser espantalho no meio do trigo
Tão pouco quero ser o poeta
Das noites sem comandante
Deste navio
Tão pouco muito este sono tetraédrico
23/02/2024
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