quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

 

As infiltrações no tecto

deste poema são muito preocupantes

as fendas com dentes de marfim amontoam-se

e a ardósia onde escrevo a tua boca

quer despedir-se de mim

 

Agarro esta flor nauseabunda com milhões de pães

que desgovernados

tomam conta do meu corpo

 

e eu pareço um pedaço de nada sem saber o nome do mar

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