As infiltrações no tecto
deste poema são muito preocupantes
as fendas com dentes de marfim amontoam-se
e a ardósia onde escrevo a tua boca
quer despedir-se de mim
Agarro esta flor nauseabunda com milhões
de pães
que desgovernados
tomam conta do meu corpo
e eu pareço um pedaço de nada sem saber
o nome do mar
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