A tarde, despe-se
Aos poucos, regressa a
noite
Meia envergonhada
Ensonada
Ainda,
Senta-se junto à lareira
Puxa de um cigarro
Abre um livro
E lê,
Lê e escreve
Que a noite já se
instalou
Que traz o vento
Para afugentar a neblina
E que amanhã é sábado,
Que as lágrimas agora são
estrelas
Que os cortinados das
janelas são coloridos
Quando eram panos pretos,
Que a noite é um jardim
de desejo
Com flores
Com árvores e pássaros…
E às vezes, a chuva
veste-se de sol,
E a tarde, já foi
Deixou de o ser
Mesmo assim,
A tarde é sempre um poema
Uma lareira nos teus
lábios.
26/01/2024
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