Os teus olhos são as
sanzalas da minha infância, são as palavras que se escondiam no silêncio capim,
Da minha infância.
Os teus olhos são os
latidos dos mabecos, são a chuva que queimava a terra,
Na tarde que se despedia,
e trazia
A noite.
Os teus olhos são o perfume
da tua sombra, entre os parêntesis libertinos do sono, uma onda se abraça à
lua, quando em ti, brinca uma estrela-do-mar.
Tão distante, a ausência
O lume,
Tão distante a distancia
O mar
Tão pequeno o sorriso da
abelha
Tão pouco doce
O mel
A colmeia.
Tão lúcidos os teus olhos
Na página deste livro que
se ergue sob o luar,
Triste maré nos teus
olhos,
Pedindo paz,
Pedindo um abraço…
Os teus olhos são o cansaço.
28/01/2024
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