Amo-te, flor cardume dos
navios em alto-mar
Simplicidade dos oceanos
Profundeza da terra
Amo-te, pedacinho de
manhã envergonhada
Rosa doirada
Fogo desta lareira,
Amo-te, espada embainhada
Quando a tarde é uma criança
Que brinca nos teus
lábios
Amo-te, seara das minhas
mãos
Quando de um livro
Emerge o poema do teu
olhar,
Amo-te, enquanto o sol
dorme
E a lua se banha no mar
E a medusa se alicerça
aos teus cabelos
E os teus cabelos baloiçam
como duas cordas de nylon invisíveis
Como dois pássaros
feridos
À espera de ver a
madrugada.
13/01/2024
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