Fraga manhã em sono
despedida
Quando a ribeira
Poisa na eira
Quando um pássaro com a
asa ferida
Cai sobre o lamacento
chão
A fraga manhã olha-o e
alegra-o e pede-lhe clamor
E perdão
E ele oferece à fraga
manhã uma flor
O pássaro nunca mais se
viu
A fraga manhã desapareceu
E partiu
Em direcção ao céu
Fraga manhã teu perfume
Teu nada teu silenciar da
alvorada
Com sede e ciúme
Com fome da madrugada
Fraga manhã pedindo
perdão
Fogueira que arde no meu
peito
Que se esconde em minha
mão
E fica envergonhada e sem
jeito
Fraga manhã em sono
despedida
Quando a ribeira
Anuncia a falsa partida
Quando a ribeira tem olhos
de feiticeira
Noite de 09/01/2024
Tarde de 10/01/2024
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