Tropeço neste amontoado
de sucata, sono invisível que desce pela chaminé, quando cai a noite,
Chove, não sei o que
chove, meu amor
Palavras?
Silêncios e despedidas?
Solidão…
Cada dia de tristeza,
cada hora de sofrimento, o homem habita esta sanzala de medos,
O homem morre
De tédio
E do cansaço da alvorada
Neste momento
Nada.
Tropeçar.
Cair sobre o feno da madrugada,
onde dois corpos suados mergulham na insónia, abraçam-se como se fossem duas
fatias de pão,
Dois farrapos de
conversa,
Flores más, flores que
durante a noite assombram as estrelas,
Flores de Deus
Em flor
Nãos mãos de este ateu.
Tropeço.
Não me levantarei mais,
acredito eu, quando consulto os meus oráculos, onde posso concluir, que amanhã
Nada,
Pedras em constante evolução,
miséria e companhia, a cada dia, terrenos ao abandono, tractores agrícolas,
muito doentes,
E eu, tropeço…
Numa simples sombra
Duma simples manhã de
Outono.
15/12/2023
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