Bebo o teu corpo
Bebo o teu corpo enquanto
tenho tempo
Tempo para o beber
E tempo para me sentar e
o beber.
Bebo o teu corpo
A noite é nossa
Os teus seios não se
perdem nas minhas mãos
Mas as minhas mãos
perdem-se nos teus seios
Além de que a noite é
nossa
Bebo o teu corpo
Esfinge da razão
Palavra que mergulha na
água salgada do silêncio
Parecendo às vezes o infortúnio
De uma outra coisa
qualquer
Que a própria coisa ou a vida.
Bebo o teu corpo
Sei que a noite me vai
trazer o mar dos teus olhos
E o mel dos teus lábios
E sei lá mais o que a
noite me vai trazer…
Depois de beber o teu
corpo
Enquanto tenho tempo de o
beber.
30/12/2023
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