O universo é tão
complexo, belo, o universo talvez seja infinito, talvez não, e tudo isto
apareceu do nada, do quase invisível,
O universo é tão complexo
como o primeiro par de sapatos que calcei, ou o primeiro par de botas, que já
tinha seis anos,
Ou como o primeiro beijo…
O universo, é belo, é tão
belo como os teus olhos,
Sendo os teus olhos ainda
mais belos de que o universo.
O universo fascina-me, é
tão certinho, sempre no seu equilíbrio, imagina se a lua se constipasse, como
ficaria a terra?
Imagina uma dor de cabeça
no sol, como ficaria a terra?
O que me leva a concluir
que a morte de um pode ser a desgraça de todos,
E, no entanto,
O universo não quer
saber, não se interessa, pois se ele é a coisa mais bela das belas coisas,
Que existe no universo.
O universo é a paixão, é
a dor, é a alegria e o sofrimento,
Quando a noite é feia,
Quando a noite é insónia,
Quando a noite é negra,
Quando a noite é vento.
O sofrimento é o
universo, que se move, que caminha junto à praia, descalço, e com um livro na
mão,
O universo às vezes
parece uma enxada, descalça, nos socalcos no Douro,
E, no entanto,
As lágrimas de uns
Pode ser a alegria de
outros,
Que o universo faz o
favor de os deixar andar por aí…
Quando deviam andar por
aqui.
O universo é Deus, dizem
uns, os outros não se manifestam, e vão beber copos,
O universo é a música do
teu olhar, o universo é o amor dos teus lábios,
Quando o universo poisa
docemente a mão no meu peito e me diz,
Estou aqui,
Estou aqui para te
assassinar.
25/11/2023
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