domingo, 2 de julho de 2023

Podia ter vinte Oceanos que nunca conseguiria abraçar o mar e, no entanto…, e, no entanto, amo o mar, e, no entanto, às vezes odeio o mar; e o meu pai, pegava na minha mão minúscula, mão de poeta, frágil, e leva-me a ver o mar e a olhar os barcos.

Apaixonei-me pelo mar e por barcos.

Hoje, hoje percebo que nunca conseguirei voar como voavam os papagaios em papel colorido que a minha mãe construía ao final de tarde, debaixo das mangueiras…

Hoje, hoje percebo que foi tudo uma mentira.

 

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