Podia ter vinte Oceanos
que nunca conseguiria abraçar o mar e, no entanto…, e, no entanto, amo o mar, e,
no entanto, às vezes odeio o mar; e o meu pai, pegava na minha mão minúscula,
mão de poeta, frágil, e leva-me a ver o mar e a olhar os barcos.
Apaixonei-me pelo mar e
por barcos.
Hoje, hoje percebo que
nunca conseguirei voar como voavam os papagaios em papel colorido que a minha
mãe construía ao final de tarde, debaixo das mangueiras…
Hoje, hoje percebo que
foi tudo uma mentira.
Sem comentários:
Enviar um comentário