Escondo-me na tua mão de oiro amanhecer,
Enquanto lá fora, uma
pequena réstia de sono foge de mim.
Procuro nos teus lábios o
teu doce olhar,
Sabendo que a chuva
brevemente poisará no teu cabelo.
Escondo-me na tua mão…
Ao primeiro beijo da manhã,
Quando o Deus criador
liga o interruptor da paixão,
E eu, olho-te
incessantemente no espelho da madrugada,
Do silêncio que me
abraça, ao silêncio que me deseja…
O meu esconderijo.
Escrevo-te enquanto ainda
tenho forças para o fazer,
Não porque esteja
cansado, ou doente, ou coisa alguma…
Mas vou-te escrevendo parvoíces,
Vou pincelando numa tela
fria e nua…
Outras tantas parvoíces;
Diria que sou um parvo,
Um parvo que escreve parvoíces,
Um pequeno parvo que
pincela numa tela fria e nua…
Parvoíces.
Eu, o eterno parvo das
noites de insónia.
Alijó, 08/05/2023
Francisco Luís Fontinha
Sem comentários:
Enviar um comentário