Às vezes, era o vento que nos tombava,
Outras vezes,
Era a chuva que iluminava
os nossos olhares,
Às vezes, sentíamos uma
voz que nos chamava,
E de tantas vezes, as
outras vezes,
Éramos tempestade na
revolta dos mares,
Às vezes, escrevíamos na
terra enlameada,
Às vezes, sonhávamos com
o luar,
E das tantas vezes que esquecemos
a madrugada…
Havia sempre um pequeno
lugar,
Um pequeno lugar sem
nome,
Um lugar que às vezes,
das vezes,
Nos dava tanta fome,
E não era a fome do pão, meu
Deus…
Porque às vezes, não tínhamos
no peito um coração,
Uma bomba perfeita,
Quase sempre tínhamos na mão,
Na nossa pequena mão…
Uma lágrima desfeita.
Alijó, 28/01/2023
Francisco Luís Fontinha
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