Todo o Universo
Frio
Muito frio e escuro,
Deste meu Universo
Que me perco nas avenidas
que o luar incendeia
Que me esconde
Quando quero chorar
E me penteia,
E tenho vergonha,
E tenho medo,
E só me apetecia voar…
Neste Universo
O Universo que ninguém
compreende
Nem entende
Porque esta matéria escura
Fria
Muito fria
E infinita como o
infinito amanhecer das tuas mãos
Lhe chamam de Universo
Quando a podiam chamar de
solidão,
Ou de caixão
Ou de livro de anedotas
Este Universo
Com verso
Sem verso
Com a mão
Cortando-lhe a mão
Enquanto a Terra andas às
voltas
Às voltas com o bosão…
Com o bosão de Higgs.
Alijó, 05/01/2023
Francisco Luís Fontinha
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