sábado, 4 de julho de 2015

A janela

Não consigo abrir esta sangrenta janela,
A luz morre nos teus braços,
Será este o meu último olhar?
Será esta a minha última janela?
Não consigo olhar-te,
Não sou capaz de adormecer no teu cansaço,
Tenho medo do teu sono,
Tenho medo da noite vestida de morte,
Pareces o mar em sonolência dor,
Sem sorte,
Sem abraço,
Mendigo sem nome,
Mendigo sem vida,
No sofrimento,
Em movimento…
Na viagem sem regresso.

Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 4 de Julho de 2015

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