terça-feira, 1 de maio de 2012

Quatro paredes de ardósia

Limito-me a quatro paredes
de ardósia
e ao cheiro do mar,

limito-me às palavras de argila
semeadas nas tardes imaginárias
sem mendicidade
sem saudade
na cidade,

Limito-me a quatro paredes
de ardósia
e ao cheiro do mar,

sentado
não sabendo
que sendo amado
vou lendo...
um livro cansado,

ao acordar,

e ao cheiro do mar,

limito-me sofrendo não sofrer
sem perceber que a noite é como a morte
sem sorte
dentro de um corredor profundo
o mundo
ao adormecer.

Sem comentários:

Enviar um comentário