terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Desistir

Desistir quando as nuvens da manhã
Se alicerçam à montanha em solidão
Desistir de olhar o mar
E brincar no rio
Desistir de lutar
Baixar os braços na terra semeada de sofrimento

Desistir das palavras
E das árvores que tombam no chão
Desistir
Cerrar os olhos no cansaço do vento

Desistir de pintar
Desistir de escrever
Desistir de sonhar
Desistir de viver

Se alicerçam à montanha em solidão
Desistir de olhar o mar

Desistir de caminhar
Sobre as sombras da noite
Desistir da lua e do luar
E adormecer eternamente sem acordar

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